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quarta-feira, 30 de julho de 2025

conviver é privilégio

 

A ideia de Deus habitar em nosso meio pode soar inédita porque ela é mencionada em Apocalipse 21 e, consequentemente, isso ainda não se concretizou. Entretanto, a descrição da cidade-templo no capítulo 21 da Revelação de Jesus Cristo, com um jardim, fonte de águas, pedras preciosas e Deus andando, é uma clara alusão ao Éden (Gênesis 1:10-14; 3:8). E, por fim, ambas as descrições estão em paralelo com o detalhamento do antigo tabernáculo/santuário. Ou seja, o Éden, o Santuário e a Cidade Santa são todos templos.

A principal justificativa para a criação desses espaços sagrados lemos em Êxodo 25:8: “E farão para mim um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.” De fato, o objetivo de Deus sempre foi o companheirismo, a tal ponto dEle se fazer carne (João 1:14).

No início do livro de Marcos, o evangelista cita uma profecia de Isaías 40. O texto do antigo profeta sobre a Sião restaurada diz: “... aí está o seu Deus” (v. 9). Jesus, o Deus encarnado, um ser humano, um santuário, é o Deus que habita no meio de nós (Mateus 1:23). Em Jesus, temos a oportunidade de desfrutar do companheirismo com Deus. Conviver com Jesus agora não é uma condição para a eternidade, é um privilégio.

Se o companheirismo com Deus é o propósito principal de tudo o que vivemos: o plano da redenção, as promessas, as profecias, a escatologia (o estudo das últimas coisas). Se tudo isso caminha para o companheirismo final com Deus, então, se isso não existisse, o novo céu e a nova Terra não teriam graça.

“Enquanto Jesus estiver naquela cidade, eu quero estar lá!” (There - Leonardo Gonçalves)